quarta-feira, 19 de julho de 2017

VICENTE DE  CARVALHO

Amélia Luz

Do antigo “Relicário”
Retirei um “Velho Tema”
De “ Poemas e Canções”,
De “Versos da Mocidade”,
Com “Páginas Soltas”,
Cheias de grande emoção,
Onde ouço a alvissareira “Voz dos Sinos”...
Com tamanha ternura a “Luizinha”
Em “Verso e Prosa”
Viaja em “Rosa, Rosa de Amor”
“Ardentias,” ‘Luzes e Fantasias”,
De um tempo perdido,
Dentro de um outro tempo,
Arte essencial que me fascina!
A alma, ora doce, ora “Selvagem”
“Fugindo do Cativeiro”,
Alcança “A Ternura do Mar”...
“Palavras ao Mar” são jogadas
Recheadas de “Cantigas Praianas”...
Não há mais “O Pequenino Morto”,
Preso na estante da sala.
Seus versos em liberdade
Passeiam distâncias...
Como fênix o poeta renasce,
Mas não renasce só.
Leva consigo toda uma geração
De seguidores parnasianos,
Fiéis ao ritmo e a métrica...
Vicente, sob a luz da esperança,
Como ninguém, canta o mar...
Lírico, é barco solto, à deriva,
Levado pelas ondas misteriosas,
Na força dos ventos feiticeiros...

E não se cansa de velejar!

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