quarta-feira, 26 de agosto de 2015

ENTREVISTA

SELMO VASCONCELLOS – Quais as suas outras atividades, além de escrever?


AMÉLIA LUZ  – Hoje, aposentada dedico-me a cuidar da família, sobretudo minha mãe, 95 anos, vítima de Alzheimer há dez anos. É um bebê que precisa de todos os meus cuidados. Sou a única cuidadora: missão de Deus.

Depois, a leitura, a pesquisa, o comprometimento diário com a Literatura. Gosto de viajar, assistir a bons filmes e visitar ambientes culturais.


SELMO VASCONCELLOS – Como surgiu seu interesse literário?


AMÉLIA LUZ – Desde criança tinha atração pelas letras. Depois a Escola Primária veio despertar ainda mais esse interesse. Era míope e pouco ligada a brincadeiras com a turma. Tinha um vizinho, Sr. Aurélio Tomasco, Coletor Estadual de Minas Gerais que tinha um bom acervo literário.

Era tudo que eu precisava. Ali encontrava um mundo ao alcance dos meus olhos. Da leitura posso dizer eu me fiz pessoa!


SELMO VASCONCELLOS – Quantos e quais os seus livros publicados?


AMÉLIA LUZ - Tenho um livro de poesias publicado ” Pousos e Decolagens”. Prefiro publicar em antologias que eu creio estar perto de mais de uma centena de publicações. Assim, eu trago e divulgo muitos escritores e eles também levam os meus trabalhos para lugares distantes e me divulgam.

Sempre sou surpreendida por uma observação de alguém que leu o meu trabalho.

Faço amigos, participo de lançamentos e me farto de alegrias nesse saudável ambiente onde aprendo muito. Tenho publicações em vários estados do Brasil, Portugal, Espanha, Itália, França e este anos terei em Angola, Bélgica e no Chile.


SELMO VASCONCELLOS – Qual (is) o(s) impacto(s) que propicia(m) atmosfera(s) capaz(es) de produzir poesias?


AMÉLIA LUZ – Uma imagem, um som, um pensamento, uma lembrança, uma pa-la-vra!!! A palavra é mágica e desencadeia emoções que me levam a produzir o texto. Um caderninho de anotações, uma perdida folhinha de papel, um guardanapo ou quem sabe até mesmo o notebook. Assim apanho os versos na palma das mãos.

O silêncio da noite me comove e me deixa em “estado de graça poética”.

Puxo o fio de Ariadne… Quem sou??? Nem sei!!! Perdi-me dentro de mim para encontrar a poesia. É indescritível viver isso com tamanha intensidade. Tudo vem de dentro para fora em jactância.


SELMO VASCONCELLOS – Quais os escritores que você admira?


AMÉLIA LUZ - Como citá-los se são tantos??? Deixo então o meu Mestre Maior o João Guimarães Rosa e também o meu poeta conterrâneo, mineiro que enxerga por cima das montanhas, Carlos Drummond de Andrade.


SELMO VASCONCELLOS – Qual mensagem de incentivo você daria para os novos poetas?


AMÉLIA LUZ - O verdadeiro poeta não precisa de incentivo. A poesia por si mesmo irá incentivá-lo! Depois que tomar verdadeiramente o caminho dos versos já não haverá retorno. Embriagado de metáforas seguirá cambaleante em busca do reino encantado onde vivem os poetas. A leitura é a fonte de água viva que precisará sempre.

Entrevista realizada  :::::::::::::     

terça-feira, 25 de agosto de 2015

BOBO ALEGRE 

O poeta viu o palhaço
mas não viu a alegria...
O poeta viu o palhaço
mas não viu a fantasia...
O poeta ouviu a gargalhada
estridente a sair embargada
da garganta do bobo alegre
que disfarçando chorava...
O poeta viu o palhaço
viu seu rosto mascarado
suas roupas enfeitadas
seus sentimentos sufocados
seus olhos de sofrimento
nas cores ultrajadas
da sua imagem tão frágil...
Imagem que ia além
das luzes do palco!
 O poeta, na verdade,
não viu o palhaço,

viu o homem!

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

UBE
União Brasileira dos Escritores - RJ
Posse Membro Correspondente da UBE – RJ

19 de agosto de 2015