terça-feira, 18 de julho de 2017

Porto  Alegre  de Poesia Crioula
Amélia Luz


Porto, Porto, que te quero alegre,
No Guaíra a versejar memória crioula
Para que todo teu povo celebre
Tua beleza em grandeza, a transbordar.
Porto, Porto, que te quero alegre,
Meu hino em solo de violino
Meu lema, meu poema,
Minha doce inspiração, meu tema!
Uma família de imigrantes
Uma sala de jantar silenciosa
Um retrato antigo de um herói farroupilha
Dependurado na parede caiada de branco
Cortinas rendadas nas vidraças cristalinas
Vasos de flores-violetas colhidas no jardim!
Cidade acolhedora, eterna,
Tão grande como o Rio Grande.
Nas noites, a lua cheia
Vem beijar-te as águas de prata
Ao som de românticas serenatas
E suaves melodias ...
Porto, Porto, que te quero alegre,
No meu cartão postal imortal
Preso na velha retina
Que teima em lembranças...
A paz se aninha em teus campos
Nas horas de pernas finas
A correrem mansas nas batidas dos carrilhões
Onde teus dias começam em festa
No brilhante azul do sul
No canto do teu coração gaúcho
Explodindo de emoções...
O vento sopra frio e forte!
Para espantar a solidão
O poeta contempla o porto
Que leva e traz esperanças...
O momento é de sublime enlevo
Á sombra da videira com forte cheiro
De tinto/uva a jorrar em jactância!
Um arco-íris brota no verde do horizonte
Entre ecos de poesia, sonhos e fantasia,
Imagens dos teus encantos e recantos inesquecíveis...
Quero outra vez descansar no teu berço
Embriagar-me do teu entardecer

E adormecer para sempre nos laços dos teus braços!


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