quinta-feira, 20 de julho de 2017



PRÍNCIPE   DOS   POETAS

Amélia Luz


Nas trilhas paulistas
Marcadas pelas botas bandeirantes,
Surge na densa floresta
O embrião da Princesa do Oeste...
Nessa terra de perfeita harmonia
Nasce para nossa alegria,
Guilherme de Almeida, o Príncipe dos Poetas!
Seus versos de amor e de paixão
Extravasam toda a sua graça
Na força da palavra que a todos enlaça.
Na Arte Moderna deixou sua marca de protesto
Ao lado dos Modernistas retratando o manifesto.
Soldado da Revolução lutou pela Constituição
Porém suas mãos divinas não mereciam violência,
Eram mãos inspiradas que escreviam poesia
Trabalhando a rima no seu ofício de cada dia.
Os haicais em português de tamanha perfeição,
Os versos diversos, modernos ou metrificados,
Eram todos profundos e de grande agrado...
Parnasiano-simbolista, da palavra artista,
Dono de criatividade, de imagens e de fantasias...
Com primor criava incomparáveis sonetos de amor,
Em suas rimas raras e precisas na certeza do ritmo.
Bem sinto a sua alma expressa na sua obra,
Romântica, arrebatadora e feiticeira,
Capaz de encantar o leitor em sua mística pureza!
Campinas, cidade de Guilherme,
Cidade do café, de perfil progressista,
De lavouras a perder de vista,
Marcada pelo braço imigrante no cultivo do ouro verde.
Pelo trem de ferro com seu apito alvissareiro,
Leva a bucólica poesia guilhermista

Em arabescos de fumaça pelos céus do Brasil.



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