segunda-feira, 24 de julho de 2017



(DEMO)CRACIA
Amélia Luz

Empesteados poderes
circulavam arrogantes
nos corredores do palácio.
Homens armados
com espada e  ganância
violentavam bebendo o sangue
dos cegos em taças cristalinas,
num brinde às forças da ignorância.
Imprestáveis leis antiquadas
apodreciam mudas nas fundas gavetas
que escondiam armadilhas e emaranhas .
No trono, vestido de fraque,
um homem estranho sorri em silêncio
celebrando mais uma falsa vitória
vinda das urnas analfabetas
que deixavam nódoas violentas,
na história daquele império fracassado
que continuava rastejando nas trilhas do poder...

De olhos vendados a Justiça tentava vislumbrar
vestígios, estrategicamente ocultos.
Amarga corrupção que nos destrói.


E NEM AS PEDRAS CLAMARAM...

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