domingo, 13 de agosto de 2017

Patrimônio Universal

Amélia Luz










 Por isso desprezei a vida, pois o trabalho que se faz debaixo do sol pareceu-me pesado. Tudo era correr atrás do vento.

Eclesiastes, 2 - 17.



Tudo pelo poder do dinheiro,
o empreendimento, o logro, 
a conquista, a (in)justiça social
ou o pão nosso de cada dia.
A aposta, o prêmio, a loto,
ou o fiel bilhete de jogo de bicho!
Cheques, ordens de pagamento,
bancos, clientes de ouro ou de lata.
Enfrentam-se filas, sorrindo,
se o alvo for o certeiro dinheiro!
Pagar, emprestar, render, poupar,
Sonegar, enganar o leão
ou sair pela contramão,
investimento ou gastando
e até mesmo rasgando dinheiro.
Vive-se dele e por ele. Que agonia!!!
Ser consumista ou ser pão duro eis a questão!
Assinamos ponto, batemos cartão todo dia,
pelo pagamento, pelo dinheiro!
Simpático, cobiçado, centro de discussões e debates,
por ele torres-gêmeas esfarelam
países são bombardeados
impérios são discutidos em ioruba, javanês, chinês
falando-se sempre a mesma língua ianque,
“MONEY...MONEY...MONEY”!
A suposta felicidade vem com ele,
Enterrado no quintal, no baú de tesouros,
no pé de meia ou debaixo do colchão.
A transitoriedade do homem e a durabilidade do dinheiro
na história da humanidade atravessando os séculos...
Os novos valores, os massacres, as guerras,
O mundo em ordinal: países de primeiro, segundo,
terceiro, quarto, quinto mundo, etc. e tal.
Emergente, sobrevivente, 
no comando desse espetáculo global,


ELE, o dinheiro, patrimônio Universal.   

Um comentário:

  1. É a gente cresce nessa busca pelo sustento e no final vamos entender que só precisamos do básico do estritamente necessário.Bela Reflexão em Poesua.

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