Drummonianos
Amélia Luz
Toma a tinta
Fere o papel e pinta,
Mostra tua face
Nos teus poemas
Mascarados de dor
De causa de amor
E de sofrimento!
Poemas sentidos
De paixão proibida
Na essência da alma
Que chora em
renúncia...
Vê gerar a semente de
cada verso
Que em estranho
silêncio
Comunga contigo
O mesmo sentimento.
Toma pois, da negra
tinta
Fere à pena a opala do
papel
Que virgem, aguarda a
tua denúncia.
Sê então fiel,
protetor,
Guardião da palavra
que cria
No salto mortal
imprevisto
Da vida perversa ou
transversa
Que te fez assim,
poeta!
Mas livre Carlos, bem
livre,
Toma da tua tinta mais
colorida,
Teu sangue, tua seiva,
tua vida,
E calado, entre as
montanhas
De ferro de Minas, em memória,
De ferro de Minas, em memória,
Conta todos os
mistérios
Da tua história.
Teu rosto de poeta
Não tem idade, nem
pressa...
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