Para
Marina Colassanti
Amélia
Luz.
Nas
linhas das tuas mãos, Marina,
A
fonte, o manancial, a mina...
Um
mapa de letras mágicas
Sopradas
aos quatro ventos...
Inspirada,
criaste nas asas da vida,
Um
mundo deslumbrante,
De
tantas memórias, em tuas histórias,
Que
o tempo teimoso ficou a contar...
Marina
menina, de alma ferina,
És
luz etíope, a brilhar no negrume,
Matando
trevas traiçoeiras...
Bordaste
artesã, teu vestido de fada,
Com
fios de ouro, precioso tesouro,
Que
vestiste, senhora da palavra,
Ao
criares, fecunda, em hora plena...
Estranha
mulher, estranha!
Delicada,
fabulista, rara,
Cara
a cara com a ruptura,
Com
a derrubada de vãos preconceitos.
O
salto, a acrobacia, a coragem,
O
empalhar dos sonhos andarilhos
Com
mãos cristalinas, semeando estrelas...
Teceste
alegorias, vaga-lume do firmamento.
A
palavra, o ofício, a palavra prenha,
Adereço
do teu caminho magnífico,
Símbolo
da esperança e da liberdade
Que
te fez assim mulher e te descobriu, fêmea!
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