Palavras de Gilberto para Gilberto.
Amélia Luz
Não deixou Goiás para trás,
Ouve agora emocionado o cicio dos buritizais,
“Ainda sua origem no mais íntimo silêncio”.
Espalhando versos de paz
na “Arte de Amar”
recolheu suas emoções, mais delicadas,
“À linha da vida”, “À
linha do Universo”,
“À linha –D’Água”!
“Tomou a palavra suja “cabeluda” e com aspas”,
“ocupou o espaço contido na sombra”,
“nalgum lugar secreto: ilha ou limbo/beira de mar
quarto de hotel/ fumaça de cachimbo”.
Foi “aquém do
nome
- o só do
soluço/de coisa nenhuma”.
Suas idéias
andarilhas
por onde passam
deixam pegadas.
“Mas o que excita/a forma escrita
na
minha mão,/o que foi lido
ou pressentido/no sim, no não
além da fala/ na escuridão”,
“proseima” afirmando que
“as palavras ariscas
se escondem nas locas do silêncio.”
Gilberto, decerto, nasceu para acariciar palavras!
Com o espírito liberto passa hoje aqui por perto
para lhe homenagearmos, neste “Colóquio de Alquimistas”,
na V Coletânea Século XXI – PoeArt Editora.
Estamos aqui no “Chá das Cinco”,
na encantada “Casa de Vidro”
e isso é tudo que nos basta!.
Nenhum comentário:
Postar um comentário