“SOIS TOUJOURS POÈTE, MEME EM PROSE”
Amélia
Luz
Pseudônimo:
AMELIÈ POULAN
Mal-me-quer
Bem-me-quer
Flores
do mal
Em jarra de cristal
Sobre
a velha cômoda
Perfumando
sonhos espraiados.
Possessões
e obsessões
Na
agonia da dor
De
um amor perdido
Lembrando
a alcova
Da
inocente mocidade
Em
noite escura
De
abismos misteriosos
E
incompreensíveis separações.
Paraíso
perdido
Na
queda do homem mortal
Corruptível
e fraco
O
amor e a morte
O
tempo e o eterno
O espírito
e a matéria
O
exílio e o tédio enovelados.
Os olhos
de Zeus atentos
A
observar o barqueiro Caronte
Transportando
no Estige
As
almas dos mortos banais
Sem
nunca cansar os braços
Manejando
remos sobre águas turvas.
Da
agonia romântica
À
floração poética madura
Vidas
gerando vidas, morte à espeita,
Masmorras
no limiar de tragédias tantas.
A “tabes dorsalis” a corroer o homem nas
entranhas
No
silêncio soluçante como o de um pária.
E
não houve mais caminho de retorno
Só
de caminhada adiante, sempre adiante.
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